sexta-feira, abril 11, 2008

Lançamento 5ª edição do Festival América do Sul


Corumbá(MS) – O Governador André Puccinelli(PMDB) lançou na noite desta segunda-feira(07) a 5ª edição do Festival América do Sul que acontece de 30 de abril a 4 de maio em Corumbá. Ele declarou que pretende fazer este ano um evento melhor que o do ano passado quando o Estado passava por uma situação financeira crítica e que mesmo assim conseguiu realizá-lo. A quinta edição do Festival América do Sul homenageia cinco personagens da cultura corumbaense: os artistas plásticos Jorapimo, Izulina Xavier, o escritor Augusto César Proença, o cururueiro Agripino Soares e a poeta e pintora Marlene Terezinha Mourão, mais conhecida como “Peninha”. O presidente da Fundação de Cultura de MS Américo Calheiros espera que o Festival de 2008 tenha uma participação maior principalmente de turistas, “um dos objetivos é realmente ampliar a presença de outros municípios, Estados que venham prestigiar e conhecer a cultura corumbaense e sul-mato-grossense e da América do Sul e acima de tudo o calor humano que é muito presente na nossa querida cidade branca”, ressaltou. Calheiros afirma que há a expectativa de geração de cerca de 300 empregos na realização do Festival. O prefeito Ruiter Cunha e todos os que discursaram foram unânimes em afirmar e agradecer o papel importante dos patrocinadores para que o Festival América do Sul se consolidasse e continuasse até hoje. Este ano o evento tem apoio financeiro do Banco do Brasil, Ministério do Turismo, Governo Federal, Mineradoras Rio Tinto, MMX e Vale, além da Enersul e do Sebrae. A programação do Festival América do Sul contempla atraçoes na música, dança, teatro, literatura, cinema, artesanato e artes plásticas. Entre as atrações nacionais e regionais a se apresentar estão: o grupo o Rappa, os cantores Djavan e Fagner, a cantora Zélia Duncan, Martn´alia, Guilherme Rondon, entre outros.
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Fonte: Capital do Pantanal.

Blogs de diversos assuntos


Agência Brasil

França e Rússia querem parceria estratégica com Brasil na área de defesa
Mylena Fiori
Brasília - A França e a Rússia estão dispostas a se unir ao Brasil em uma parceria estratégica na área de defesa. De acordo com o ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, o secretário do Conselho de Segurança da Rússia e representantes de ministérios russos estarão em Brasília na próxima semana.Na visita serão aprofundadas as discussões iniciadas durante viagem àquele país do ministro da Defesa, Nelson Jobim, no começo de fevereiro. Dias antes, Jobim esteve na França. O foco das duas viagens foi a possibilidade de uma parceria estratégica no setor de defesa e a transferência de tecnologia para o Brasil.Também já foram prospectadas possibilidades de cooperação com Índia, Estados Unidos e Reino Unido. “A todos eles deixamos claro que não estamos interessados em comprar produtos e serviços acabados. Estamos interessados em parcerias que nos ajudem a fortalecer, de forma duradoura, nossas capacitações tecnológicas independentes, inclusive por meio de acertos para produção conjunta”, relatou Mangabeira Unger, que coordena o comitê responsável pela elaboração do Plano Estratégico Nacional de Defesa.O Brasil, segundo ele, está disposto a colaborar em projetos específicos, como a produção de componentes não nucleares do submarino brasileiro de propulsão nuclear. “Essas colaborações nas tecnologias de defesa teriam significado muito mais amplo se exprimissem uma vontade política de construir uma associação estratégica mais abrangente, motivada pelo desejo de fortalecer um pluralismo de poder e divisão no mundo e expressa, portanto, não apenas em colaborações de defesa, mas em colaborações civis”, argumentou.
Correio Braziliense

CAPA - FORÇAS ARMADAS
Serviço militar fora do quartel
Os ministros Nelson Jobim (Defesa) e Mangabeira Unger (Ações Estratégicas) vão sugerir ao presidente Lula mudanças no serviço militar obrigatório. Jovens que não forem servir em quartéis poderiam atuar em projetos sociais, como o combate ao mosquito da dengue.
Correio Braziliense

FORÇAS ARMADAS
Mudanças no serviço militar
Jovens que não servirem normalmente nos quartéis podem ser obrigados a atuar em projetos sociais. Governo critica alistamento apenas dos mais pobres
Leonel Rocha
O plano estratégico de reformulação das Forças Armadas que será apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva até 7 de setembro pelos ministros da Defesa, Nelson Jobim, e de Ações Estratégicas, Mangabeira Unger, prevê mudanças no serviço militar obrigatório. A idéia dos dois ministros civis que tratam da estrutura militar do país é incentivar o alistamento de jovens de todos os estratos sociais que completam 18 anos ou criar uma espécie de “serviço social obrigatório”, no qual os alistados atuariam em atividades como o combate à endemias, por exemplo. Há um consenso entre os ministros e a cúpula militar da necessidade de manutenção da obrigatoriedade do serviço militar. Querem, na verdade, ampliá-lo. “O serviço militar funciona como um nivelador republicano da sociedade, onde todos são obrigados a servir, e deveria representar um extrato diversificado e proporcional das várias camadas da sociedade brasileira”, argumentou Mangabeira Unger durante audiência pública, ontem, na Comissão de Defesa Nacional da Câmara. Na prática, no entanto, o alistamento obrigatório não existe, já que as Forças Armadas preferem utilizar apenas os voluntários por falta de recursos para manter todos os jovens previstos treinando nos quartéis. Segundo o ministro, atualmente o serviço militar passou a ser uma opção para quem não tem alternativa econômica de sobrevivência e vai para os quartéis receber uma gratificação — ou seja, a maior parte dos recrutas é formada pelos mais pobres. Jobim, que também participou da audiência pública na Câmara, lembrou que o serviço militar ajuda na formação moral e profissional dos jovens, além de ser uma alternativa dos pais para a disciplina dos filhos. “As Forças Armadas têm que representar os vários setores do país e não apenas um segmento”, ponderou o ministro. Ajuda social Hoje, as três Forças Armadas convocam, por ano, cerca de 80 mil recrutas. É apenas uma pequena parte do contingente que chega aos 18 anos e atinge a idade de prestar o serviço militar. Entre as idéias dos ministros para a reformulação do serviço militar obrigatório está o direcionamento de parte do contingente que atinge a idade de servir para serviços que não os de treinamento como recrutas. O grupo que atuaria no serviço social obrigatório receberia apenas treinamento militar rudimentar e depois iria, por exemplo, trabalhar por um período em atividades auxiliares de ações do governo de combate a endemias. O plano estratégico de reforma das Forças Armadas a ser definido pelo governo até o final do ano prevê novas definições sobre o papel dos grandes navios da Marinha e sobre o submarino de propulsão nuclear; a garantia da segurança do território e do mar territorial com caças de última geração para a Força Aérea; e a criação de novas forças de ação rápida do Exército. Dentro do projeto de reformulação, também está a criação de uma política para a indústria nacional de defesa, com benefícios tributários e proteção comercial a empresas que produzem armas e munições.
Correio Braziliense

48 ANOS DE BRASÍLIA
Lançado programa oficial do aniversário
A programação do aniversário de 48 anos de Brasília foi lançada oficialmente ontem no Centro de Convenções Ullysses Guimarães, pelo vice-governador Paulo Octavio. Além de shows, como os da banda Rebeldes, e da gravação de DVD ao vivo do Capital Inicial, o evento terá atrações esportivas, teatro, brinquedoteca e exposições. A expectativa do governo é que um milhão de pessoas ocupem a Esplanada dos Ministérios entre as 7h e a 0h do dia 21. Dez hotéis oferecerão diárias de R$ 80, R$ 100 e R$ 120 no fim de semana do aniversário. Duas companhias aéreas cobrarão tarifas promocionais. Uma delas vende passagens por R$ 48, tanto para a ida quanto para a volta. A outra oferece retorno gratuito com vinda pelo menor valor disponível na internet. No dia da festa, o metrô será de graça. A Esplanada estará interditada desde a 0h de domingo. Ônibus gratuitos sairão do estádio Mané Garrincha para a Esplanada para quem decidir estacionar o carro ali.
Diário de Natal

Forças militares dão sua contribuição
A governadora Wilma de Faria começou a recrutar desde a semana passada a ajuda da Marinha e do Exército. Além destes, equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros foram chamados para contribuir com entrega de alimentos e de remédios, e ainda no resgate da população que estava em perigo por causa da força das águas.Segundo o capitão de fragatas da Marinha, comandante dos fuzileiros navais Marinho, devido à prática com embarcações, suas equipes estão integrando as esforços no resgate e apoio à população. ‘‘Um grupo nosso foi à Macau para ajudar nesse sentido. Como temos esse caráter anfíbio, temos uma experiência útil nessa situação. Operamos barcos e ainda podemos fazer a manutenção das máquinas. Em Assu, estamos contribuindo mais com a entrega de cestas básicas e medicamentos, já que não há mais resgates por fazer’’. Junto ao Iate Clube de Natal, a Marinha conseguiu reunir embarcações para os trabalhos.por terraO exército está contribuindo em terra nas ações para a retirada de pessoas ilhadas e ainda na entrega de cestas básicas e medicamentos. O general Diniz, comandante da 7ªBrigada de Infantaria Motorizada de Natal, explicou que a equipe comandada por ele está com a responsabilidade de transportar o material que deve ser entregue à população. ‘‘Estamos fornecendo os veículos motorizados. Contribuímos no deslocamento da população que está sendo abrigada’’, declarou.Além da Marinha e do Exército, que foram recrutados pela governadora desde a quinta-feira passada, concetram-se em Assu as forças do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. De acordo com o major do Corpo de Bombeiros Luís Monteiro, mais de 200 milhões de remoções de pessoas ilhadas foram realizadas. ‘‘Com o apoio da Polícia Militar, estamos realizando o resgate de pessoas que queiram sair de onde moram. O problema é que muitas se recusam e, nesses casos, a Polícia tem que intervir’’, disse. (V.M)


Diário do Nordeste-CE

Navio de guerra atraca no Porto do Mucuripe
O navio estará aberto à visitação pública a partir de hoje até o dia 14, sábado, no horário de 14 às 17 horas
Destinado a desembarque de tropas além de transportes de equipamentos militares, como viaturas e blindados, o navio Mattoso Maia, atracou, ontem, no Porto do Muciripe. Ele veio do Haiti, onde transportou, sobretudo, materiais para obras de infra-estrutura e deverá retornar ao Rio de Janeiro.A recepção do navio, denominado ainda de Desembarque Doca, e da tripulação foi feita pelo comandante da Capitania dos Portos do Ceará, capitão de mar-e-guerra Gerson Luiz Rodrigues Silva. Além dele, os tripulantes foram saudados na chegada com marchas, dobrados e canções brasileiras pela banda de música do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará.AjudaO comandante do Mattoso Maia, capitão de mar-e-guerra Antônio Vinicius, lembrou que a viagem ao Haiti começou a partir do Rio de Janeiro em 18 de fevereiro passado. Com paradas para abastecimento em Recife e Belém, a embarcação chegou a Porto Príncipe, Capital do Haiti, em 16 de março deste ano.Na viagem de volta, o navio fez uma parada em Porto Rico e Fortaleza foi o primeiro porto brasileiro onde se fez a atracagem. Em seguida, seguirá para Salvador, na Bahia, finalizando a viagem no Rio de Janeiro.De acordo com o comandante Antônio Vinicius, foram transportados para a capital haitiana, viaturas, blindados e materiais utilizados em construção civil. Na volta, trouxe em seus compartimentos inferiores viaturas, carros de guerra e tratores.“Esse é um trabalho típico para um navio como esse, que é muito utilizado em operações de desembarque de tropas. No entanto, nessa missão de paz temos levado muito mais equipamentos que ajudam no desenvolvimento daquele País, onde já há vários setores apaziguados, graças a presença de forças militares internacionais, comandadas pelo Brasil”, salientou Antônio Vinicius.O navio é de origem americana e foi incorporado à frota da Marinha de Guerra brasileira em 1994. Ele possui características próprias para “bicar” a praia, sem o risco do encalhe. O desembarque é feito pela frente do navio, que conta ainda com um helicóptero e uma tripulação em torno de 400 homens, entre oficiais e praças.Segundo informou o comandante Gerson, a importância desse navio em Fortaleza é relevante por firmar a presença da Marinha na Capital cearense, que não dispõem de embarcações de guerra. “É importante para que a população conheça nossos equipamentos e também que tome conhecimentos das ações das Forças Armadas, tais como as missões de paz, promovidas no Haiti”, afirmou o comandante da Capitania.Com isso, o navio Desembarque Doca ficará disponível à visitação pública a partir de hoje até o dia 14, sábado, no horário de 14 às 17 horas.FIQUE POR DENTROONU intervém para garantir a paz no HaitiA guerra civil no Haiti eclodiu em 1993, com a deposição do então presidente o padre esquerdista Jean-Bertrand Aristide. Desde então, o País mergulhou numa onda de violência e pobreza crescentes, obrigando a ONU a uma intervenção e estabeleceu a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), que assumiu a autoridade sobre o País. Para o comando do componente militar da Minustah foi designado o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, do Exército Brasileiro. O efetivo do contingente militar é de 6.700 homens
Folha de São Paulo

Plano de Defesa prevê invasão na Amazônia
Proposta sugere aumento da tropa para hipótese de guerra
IURI DANTAS
O governo federal decidiu elevar o número de tropas e bases militares na região amazônica para a eventual hipótese de invasão do território brasileiro por uma grande potência, por um país vizinho ou por paramilitares, entre outros cenários. A decisão consta do Plano Estratégico de Defesa, que será apresentado ao presidente Lula no Sete de Setembro deste ano."Há o imperativo de reposicionamento e capacidade de mobilização rápida. (...) Precisamos ter as Forças Armadas preparadas para atuar", disse o ministro Nelson Jobim (Defesa). Ele insistiu que o Brasil não corre risco de conflito territorial hoje e que o objetivo do plano seria preparar as Forças para cenários hipotéticos.O plano menciona ainda a possibilidade de uma guerra com algum país menor que recebesse apoio velado de uma grande potência militar, e um cenário de guerra em outra região do mundo cujo impacto ultrapasse o âmbito regional.O plano também pretende reestruturar o serviço militar obrigatório brasileiro. Uma das idéias é instituir um "serviço social obrigatório" para o excesso de contingência. Outra seria criar cursos profissionalizantes para os soldados, que seriam selecionados pelo vigor físico e capacidade intelectual."As Forças Armadas precisam ser a própria Nação em armas. Em geral, hoje servem os que querem servir", disse o ministro Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos). Ele propõe que os alistados sejam escolhidos por classe social e região geográfica, pois assim as tropas representariam todo o espectro da sociedade.Outro assunto polêmico que será definido no Plano Estratégico de Defesa é o uso de militares em operações internas. Segundo Jobim, é preciso modificar a lei para impedir que soldados sejam processados na Justiça comum, entre outros casos.Os dois ministros participaram de uma audiência pública ontem na Comissão de Relações Exteriores da Câmara.Uma das vertentes do plano é estimular a indústria de defesa, com a criação de um regime jurídico e tributário especial.
Folha de São Paulo

Sorriso para a imprensa
ELIANE CANTANHÊDE
BRASÍLIA - Lula passou saltitante e sorridente pelos jornalistas, anteontem, a caminho da solenidade de cumprimento dos novos oficiais-generais. Dilma vinha logo atrás, de cara amarrada. Ele pegou a pupila pelo braço e a levou de volta, refazendo a cena: "Eu trouxe a Dilma aqui pra sorrir pra vocês". Não é que ela sorriu? Isso mostra pelo menos duas coisas: 1) Dilma sofreu enorme desgaste junto à imprensa e ao público externo, mas está firme e forte no Planalto; 2) Lula não está nem aí para o dossiê e para o sufoco da chefe da Casa Civil. Como sempre, não sabe, não viu, acha tudo uma besteira e continua tocando a vida, o PAC e o Bolsa Família. Enquanto isso, a Polícia Federal apreende seis computadores à cata do "clandestino", e DEM e PSDB continuam tropeçando nas próprias pernas. Em vez de assarem uma pizza, se preparam para assar duas, uma na CPI mista, outra na exclusiva do Senado. Se o forno começou com a tapioca, baixou para a gelatina e o chiclete no Aerolula. Para completar a guinada no cenário, deputadas e senadoras governistas foram ao Planalto num ato de desagravo a Dilma, chamada de "galinha cacarejadora" pelo senador Mão Santa, num momento -aliás, não raro- de destempero verbal. O encontro com as companheiras -ou neocompanheiras- serviu para a ministra exercitar o papel mais conveniente no momento: o de vítima. Pega bem. Sem fatos novos objetivos, foi feita uma pausa para avaliar perdas e ganhos. A candidatura Dilma desmoronou, e está na hora de apurar se há condições de reconstrução. Até que ponto ficar tanto tempo em (má) evidência impactou indelevelmente a candidatura ou, ao contrário, atraiu solidariedade? E não se pode descartar a descoberta de mais ossinhos e ossões por aí. Depende das CPIs, da imprensa e da PF, que não brinca em serviço. Pelo menos não anda brincando.
Jornal Agora-RS

Especialista holandês visita o porto hoje
Carmem Ziebell
O Porto do Rio Grande recebe, nesta quinta-feira, a visita do diretor da Associação de Portos de Amsterdã (Amports), Wim Ruijgh, que pretende vê-lo em operação e conhecer o projeto de expansão que está em andamento. Ruijgh deve chegar ao Município às 11h e, em seguida, em um helicóptero da Marinha, sobrevoar o complexo portuário para reconhecimento do porto organizado. Depois, irá para o Tecon, onde almoçará.Às 14h30min, o holandês participará de reunião com autoridades portuárias na Superintendência do Porto (SUPRG). Ele estará acompanhado do superintendente de Portos e Hidrovias (SPH), Roberto Laurino, e do chefe da delegação comercial holandesa, Philippe Schulman. Ontem, em Porto Alegre, ele foi recebido pelo secretário de Infra-estrutura e Logística, Daniel Andrade, e por Roberto Laurino.O executivo veio ao Estado para conhecer de perto o funcionamento dos portos de Porto Alegre e Rio Grande e conversar com o governo e empresários gaúchos sobre possibilidades de investimentos. Ruijgh pretende debater também parcerias como as PPPs, que podem ser utilizadas na área de infra-estrutura e logística. "A Holanda possui excelência em gestão hidroportuária e navegação interior. Queremos saber como queimar etapas na retomada da eficiência da hidrovia gaúcha com absorção da experiência daquele país", disse Andrade.Em dezembro de 2007, Andrade e Laurino integraram comitiva gaúcha que visitou os complexos portuários de Roterdã e Amsterdã. Essa é a segunda visita dos holandeses ao Rio Grande do Sul, confirmando o interesse despertado na visita com as perspectivas oferecidas pelo Estado. Ontem, às 15h, na sede da SPH, foi feita ao visitante uma apresentação do Sistema Hidroportuário Gaúcho, na qual foram debatidas propostas sobre as medidas que devem ser adotadas para aumentar a competitividade do setor.Na sexta-feira, 11, ele participa em Porto Alegre do seminário promovido pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul "Gestão, Infra-Estrutura e Logística de Portos". No evento, ele fará uma palestra que tratará de um dos segredos do sucesso holandês: como fortalecer um porto usando o modelo da harmonia, onde mostrará um pouco da Holanda, sua posição estratégica e como o país opera sua matriz de transportes.
Jornal do Brasil

Brasil doará 14 toneladas de alimentos para haitianos
O Brasil anunciou ontem o envio de feijão, açúcar e óleo de cozinha para o país caribenho. O Ministério das Relações Exteriores informou que serão doadas 14 toneladas de alimentos, e que buscará mobilização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) a fim de garantir a assistência alimentícia.A doação seria uma resposta ao pedido do governo haitiano por auxílio humanitário emergencial. O ministério afirmou em nota que os mantimentos serão transportados em avião Hércules da FAB amanhã.FatoresO diretor-geral da FAO, Jacques Diouf, disse que os tumultos provocados por falta de comida que atingem países pobres podem se disseminar pelo mundo. Diouf conta que a alta dos preços dos alimentos se deve a uma combinação de elevados preços do petróleo e combustíveis, de uma demanda crescente por produtos alimentícios em uma Ásia cada vez mais rica, da utilização de terras cultiváveis para produzir biocombustíveis, de condições climáticas desfavoráveis e da especulação nos mercados de futuro.O Banco Mundial anunciou ontem que a crise não é um fenômeno temporário, devendo permanecer acima dos níveis de quatro anos atrás até pelo menos 2015.
Jornal do Brasil

Chávez nacionaliza empresa argentina
Governo venezuelano justifica decisão como proteção dos direitos dos trabalhadores
Cecilia Minner
Depois de 15 meses de fracassadas negociações de contratos laborais entre a siderúrgica Ternium Sidor e seus funcionários, o governo do presidente venezuelano, Hugo Chávez, resolveu nacionalizar a empresa argentina. Operante nos Andes e no Caribe, a Sidor é a principal fabricante de aço da região.O grupo ítalo-argentino Techint, proprietário da Ternium., é o maior acionista da Sidor: tem 60% da siderúrgica. O governo venezuelano tem 20% e os outros 20% encontram-se nas mãos de funcionários e ex-funcionários da empresa.– Depois de um longo processo de negociações que se mostraram infrutíferas, o comandante presidente decidiu assumir o controle de Siderúrgica do Orinoco (Sidor), que se encontra privatizada há cerca de 10 anos – disse o vice-presidente venezuelano, Ramón Carrizalez.Carrizalez explicou: a medida foi tomada assim que a empresa agiu com "arrogância" durante as negociações, ao se negar a apresentar uma contraproposta durante as discussões sobre as idéias para melhorar o pagamento de 2.500 aposentados e dar aumento salarial de 130% aos funcionários atuais.PopularidadeAntevendo especulações de que Chávez teria decidido pela nacionalização a fim de aumentar sua popularidade, o vice-presidente adiantou uma justificativa:– O governo tomou esta decisão para proteger os direitos dos trabalhadores. Vamos participar das negociações, assim como participamos das negociações de outras empresas. Vamos cancelar o que tiver que ser cancelado, indenizar quem tiver de ser indenizado.O cientista político venezuelano Rafael Villa não acredita que a nacionalização vá afetar a relação entre Caracas e Buenos Aires. Até ontem à noite, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, não havia protestado:– O histórico é de cooperação e bom relacionamento com o governo argentino. Não acredito que Chávez tenha feito isso com o intuito de estimular uma futura retaliação de Buenos Aires. É possível que o venezuelano tenha feito uma negociação prévia com a Casa Rosada sobre a nacionalização da siderúrgica. Temos de saber os termos dessa nacionalização.O jornal argentino Clarín informou que o presidente da Techint, Paolo Rocca, enviara uma carta a Chávez pedindo a intervenção do presidente, mas que não imaginava que ela seria uma nacionalização. A Ternium Sidor é mais uma empresa alvo da política de nacionalização de indústrias estratégicas impulsionada pelo bolivariano desde o ano passado. Mas para Villa, as firmas brasileiras não correm perigo.– A Petrobras é parceira. Até podem se interessar por uma cervejaria, como a Brahma, mas não teriam condições tecnológicas para manter uma empresa desse gênero.
O Estado de São Paulo

ESPAÇO ABERTO
A Nação é uma só
Aldo Rebelo*
O conflito secular que opõe os índios a outros estratos da Nação brasileira, como garimpeiros, seringueiros e agricultores, tem na atualidade o seu ponto culminante na reserva Raposa Serra do Sol, no Estado de Roraima. No centro está o antigo problema de terras ocupadas por indígenas versus expansão da sociedade nacional. Há aspectos eqüitativamente relevantes no conflito. Há o ambiental, o indígena, o avanço das forças produtivas, a defesa do território, enlaçados pelo matiz delicado de o cenário da divergência ser zona de fronteira. Não é sábio nem justo escolher um deles para tomar posição. A proteção aos índios, com os quais o País tem uma dívida que é chaga social, tão ou mais escandalosa que a contraída com os africanos, não pode ser praticada de forma unilateral, apartada das demais variáveis do problema.A demarcação contínua da reserva Raposa Serra do Sol foi um erro geopolítico do Estado brasileiro. Sobressai no noticiário a caricatura de um enfrentamento polarizado entre índios não-aculturados e capitalistas-tubarões-predadores, mas, em verdade, também são protagonistas do problema os caboclos, pequenos agricultores, pecuaristas, comerciantes e até o Exército, impedido de exercer a sua missão constitucional de vigiar extensas faixas de fronteira com a Guiana e a Venezuela. Uma parcela dos índios apóia a permanência dos não-índios na área conflagrada de Roraima, inclusive dos arrozeiros, que a Polícia Federal foi expulsar de lá. A demarcação da reserva deveria, portanto, ter levado em conta os interesses legítimos dos diversos estratos sociais ali presentes. Ainda há tempo de identificá-los e acomodá-los de forma justa e fraterna, pois ocorre em Roraima a desavença que o dirigente chinês Mao Tsé-tung chamou de 'contradições no seio do povo'.É um equívoco cultural reclamar que 'os silvícolas têm muita terra', pois eles necessitam de grandes extensões para levar seu modo de vida, baseado na caça, no extrativismo, na agricultura nômade e no respeito aos santuários religiosos. No Monte Roraima, a propósito, reside o mito de Macunaíma, cujo nome o escritor Mário de Andrade utilizou no seu romance mais conhecido. Os números da reserva Raposa Serra do Sol, no entanto, suscitam discussões. São 1,74 milhão de hectares de área contínua, pontilhada de fazendas, roças, arrozais, estradas, linhas de energia elétrica, quartéis, cidades e vilas. Foi reservada para uso exclusivo de aproximadamente 15 mil indivíduos, distribuídos em cerca de 150 aldeias. Nada menos que 46% do território estadual constitui terras indígenas.Curiosamente, é o Norte a região em que os índios menos se multiplicam. Segundo os últimos dados confiáveis, os do IBGE, eles baixaram de 42,4% em 1991 para 29,1% em 2000. Noutras regiões, em contrapartida, houve uma explosão estatística: no Sudeste, as pessoas identificadas como indígenas passaram de 30,5 mil para 61,2 mil, enquanto no Nordeste o salto foi de 55,8 mil para 170 mil. O fenômeno se deve, em parte, à elevada urbanização. Quando levei minha esposa, paulista, para conhecer o Nordeste, conversamos no Monte Pascoal com uma índia pataxó que vendia peças de artesanato rústico. Perguntamos pelo marido e ela respondeu: 'Voltou pra roça. Cansou dessa profissão de índio.'É confortador lembrar que ao infortúnio histórico dos índios o Brasil contrapôs o bálsamo de algumas de suas maiores inteligências. A causa foi abraçada desde os jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, apóstolos da corrente humanista que desde então a Igreja Católica mantém altiva na defesa das tribos. Nesse apostolado militaram também o estadista José Bonifácio, os escritores Gonçalves Dias, José de Alencar e Antonio Callado, os sertanistas Villas-Boas, o médico Noel Nutels, o etnólogo Darcy Ribeiro, além do monumento moral que nos orgulha como povo, o marechal Rondon. Todos comungavam na doutrina da integração dos índios à sociedade nacional, em grau e métodos variados.A esses luminares do sertanismo e da antropologia sucedeu uma visão esdrúxula que aparta os índios da Nação e pleiteia sua autonomia em relação ao Estado. Agora, fala-se em 'povos indígenas', 'nações indígenas', 'autodeterminação indígena', como se as tribos constituíssem nacionalidades independentes em territórios emancipados. Chegamos ao paroxismo de tuxauas barrarem a circulação de generais do Exército em faixa de fronteira. Já houve proposta de criação de embaixadas indígenas em Brasília, para que as tribos se relacionassem em posição de igualdade com o governo. Incute-se nos índios, enfim, a idéia de que, em relação aos brasileiros, são estrangeiros.Como presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, visitei toda a fronteira amazônica. Fiquei ainda mais convencido de que temos o dever de resgatar a dívida histórica com os índios e protegê-los da forma mais generosa de que formos capazes. Mas a generosidade de um país continental deve ser ampla e isonômica, ou seja, estende-se a todos os seus nacionais. É tão brasileiro o índio macuxi quanto o colono gaúcho.Eles integram uma só Nação diversificada. O Brasil destaca-se mais pelo produto do que pelos fatores, não importa a grandeza que encerrem nem a ordem em que sejam agrupados. O brasileiro de hoje é índio, branco, negro e, sobretudo, o resultado do caldeirão que nos fez uma civilização única no mundo. Um filho de italianos, Victor Brecheret, usou o poder de síntese da arte para traduzir esta riqueza étnica no Monumento às Bandeiras, em que esculpiu no granito bruto a epopéia conjunta de brancos, índios e mamelucos na construção deste grande país.*Aldo Rebelo, deputado federal pelo PCdoB-SP, foi presidente da Câmara dos Deputados e ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República
O Estado de São Paulo

Correa afasta ministro e militares renunciam
Demissões são resposta a declaração do presidente equatoriano que vinculou comandantes à CIA
O presidente do Equador, Rafael Correa, destituiu ontem o ministro da Defesa, Wellington Sandoval, após denunciar a infiltração da CIA (serviço secreto dos EUA) nas agências de inteligência equatorianas, em meio à tensão diplomática com a Colômbia. Logo após o anúncio da destituição, a imprensa equatoriana informou que três membros da cúpula militar pediram afastamento: o chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas, general Héctor Camacho, o comandante da Força Aérea, Jorge Gabela, e o comandante do Exército, general Guillermo Vásconez. “Sinto, como chefe do Exército, que não existe confiança em quem está no comando da instituição”, afirmou o general Vásconez.Correa também destituiu o chefe da polícia, general Bolívar Cisneros, e escolheu para o posto o general Jaime Quilino Hurtado Vaca. No fim da tarde, o presidente equatoriano nomeou seu assessor particular, o jornalista Javier Ponce, para substituir Sandoval na pasta da Defesa. Em cerimônia no palácio presidencial, em Quito, o novo ministro prometeu total transparência nas ações das Forças Armadas para garantir a segurança do país.CRISEAs tensões entre Correa e as Forças Armadas vieram à tona quando o presidente criticou o modo como os militares lidaram com a crise com Bogotá, aberta após forças colombianas invadirem o território equatoriano para atacar rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A operação, ocorrida em 1º de março, deixou 25 mortos, entre eles o número 2 da guerrilha, Raúl Reyes. Na quinta-feira, Correa já havia destituído o coronel Mario Pazmiño da chefia de inteligência do Exército, sob a acusação de ter omitido informações sobre o equatoriano Franklin Aisalla - um dos mortos na ofensiva colombiana de 1º de março contra as Farc. Segundo Correa, a inteligência equatoriana estava servindo à CIA e a Bogotá, que soube antes de Quito sobre a suposta relação entre Aisalla e Raúl Reyes.Na terça-feira, a crise entre Correa e os militares se agravou, depois que comandantes das Forças Armadas requisitaram um encontro com o presidente para discutir as críticas e “evitar colocar em risco a segurança do país”.De acordo com autoridades colombianas, informações encontradas no computador que pertencia a Reyes, apreendido durante a ofensiva, indicam que o líder guerrilheiro já havia alertado para a existência de vínculos entre ministros equatorianos, a CIA e a agência antidrogas dos Estados Unidos, a DEA.
O Globo

STF impede PF de fazer operação em Roraima
Ministros acataram por unanimidade pedido de liminar do governo estadual, que alegou risco de guerra civil
Carolina Brígido e Evandro Éboli *
BRASÍLIA e BOA VISTA. O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu ontem a operação da Polícia Federal que retiraria produtores rurais e grileiros da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. A decisão foi tomada por unanimidade, no julgamento de um pedido de liminar feito pelo governo do estado. A decisão foi comemorada com carreata em Boa Vista. Na ação, o governo alegou ser tensa a situação no local e, por isso, a operação poderia desencadear uma espécie de "guerra civil". Durante a sessão de ontem no tribunal, o relator do caso, ministro Carlos Ayres Britto, lembrou que a região é próxima da fronteira brasileira e deve ser tratada como estratégica. - A matéria tem cunho suprapatrimonial, revela o interesse não só de particulares. Diante da premência do caso e do estado, que parece mesmo de conflagração, eu estou deferindo (o pedido) - disse o ministro. Os demais ministros apenas concordaram com o relator. A desocupação da reserva ficará suspensa até que sejam julgadas pelo STF ações que questionam a demarcação da área indígena. Não há data marcada. Na ação, o governo de Roraima alega que a retirada de não-índios da reserva afetaria pelo menos 6% da economia do estado e ressaltou que essas pessoas não ocupam mais que 1% da área demarcada, que abrange 46% do território do estado. "Decisão evitou muitas mortes", diz governador Após a decisão, houve um ato em frente ao Palácio do Governo em Boa Vista e depois uma carreata, com vários caminhões carregados de arroz. Grandes rizicultores que têm fazendas na reserva participaram do ato, exceto Paulo César Quartiero. A presença dos cerca de cem manifestantes em frente ao palácio estava prevista desde a manhã, mas seria um gesto de protesto contra o governador José Anchieta (PSDB). Parte dos arrozeiros e funcionários das fazendas o acusa de agir com passividade e não enfrentar o governo federal. Mas, com a decisão do STF, o que era protesto virou comemoração. Em entrevista, ontem, o governador disse que, se a operação ocorresse, haveria muitas mortes, resultado do embate entre agentes da Polícia Federal com os índios e não-índios que resistem à homologação contínua. - Os arrozeiros jamais sairiam pacificamente daquelas terras. Seria traumático. A decisão do STF evitou muitas mortes, com certeza - disse José Anchieta. Várias faixas protestavam contra a presença da Polícia Federal. "Polícia é para matador, não para trabalhador", dizia uma delas. Antes da decisão do Supremo, a Superintendência da Polícia Federal em Roraima já havia decidido dar uma trégua e fechado um acordo com os arrozeiros. A PF aceitou dar um prazo, até a próxima segunda-feira, para que houvesse uma solução pacífica. A possibilidade de um embate com os que se recusam a sair de Raposa preocupava a Polícia Federal e o Palácio do Planalto. O ministro da Justiça, Tarso Genro, chegou a suspender uma viagem para o exterior esta semana para acompanhar o desfecho da negociação. O superintendente da PF no estado, José Maria Fonseca, disse que era a favor de uma saída não violenta e negou que o órgão tenha recuado ao aceitar acordo com os arrozeiros. (*) Enviado especial
O Globo

OPINIÃO
Depor armas
Diante da recusa das Farc a aceder a qualquer princípio humanitário, a missão médica enviada pela França à Colômbia na esperança da libertação da ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt - debilitada e com a vida em risco - voltou de mãos vazias. Esse fato só confirma o caráter criminoso e cruel da narcoguerrilha, criada em 1964 com o objetivo de tomar o poder pela luta armada, na Colômbia, mas que, com o passar do tempo, se tornou uma organização criminosa, financiada por tráfico de drogas, seqüestros e extorsão. As recentes libertações de alguns reféns, depois de uma mediação interessada de Hugo Chávez, e as cartas que eles trouxeram do cativeiro expuseram as condições subumanas em que as Farc mantêm essas pessoas, que superam o número de 700. São com esses escudos humanos que as Farc conservam as tropas colombianas a uma distância segura. Uma operação para libertar os reféns resultaria num banho de sangue. O governo brasileiro tem sido tímido diante da crise colombiana. Mais de uma vez, o presidente Lula disse que só adotaria alguma providência a pedido do presidente colombiano, Alvaro Uribe. Apenas na terça-feira, depois de uma solicitação de um filho de Ingrid, Brasília emitiu uma nota pela libertação de todos os seqüestrados, em troca de anistia para os guerrilheiros presos na Colômbia. Os conhecidos vínculos ideológicos de petistas com as Farc não podem servir de pretexto para tolher a atuação do Estado brasileiro, já que não há justificativa sensata para alguém apoiar aquela organização. Um dos impasses da situação colombiana é a recusa do presidente Uribe a desmilitarizar áreas do país para um diálogo com a narcoguerrilha, experiência que não deu resultado no governo anterior, de Andrés Pastrana. Recentemente, a força sofreu derrotas militares e perdeu líderes importantes. A situação dramática de Ingrid ajuda a degradar ainda mais a imagem das Farc. Nesse contexto, não tem sentido a posição defendida por Chávez de que a milícia seja reconhecida como uma força política insurgente. Se as Farc querem dialogar, que libertem os reféns, deponham as armas e entreguem à Justiça os culpados por crimes. O que não se deve perder de vista é que o governo democrático da Colômbia luta contra uma insurgência interna que perdeu legitimidade, se é que já a teve. E é acossado, ao norte (Venezuela) e ao sul (Equador), por projetos políticos aventureiros e desestabilizadores. Precisa, portanto, de apoio das forças democráticas do continente.
O Globo

Brasil: 59º em tecnologia da informação
Ensino fraco e leis rígidas fazem país cair seis posições em lista de 127
Danielle Nogueira
A baixa qualidade do ensino e o ambiente regulatório engessado ofuscaram o avanço brasileiro no acesso à internet e ao celular no ano passado. Segundo o Relatório Global de Tecnologia da Informação do Fórum Econômico Mundial, o Brasil ficou em 59º lugar no ranking de 2007/2008, que mediu indicadores tecnológicos de 127 países. Em 2006/2007, estava em 53º lugar. A queda de seis posições seria reduzida a três, se novos países não tivessem ingressado na lista. Das cinco nações que foram incluídas no relatório, três - Porto Rico, Arábia Saudita e Omã - estrearam na frente do Brasil. Ainda assim, a queda é considerável se comparada, por exemplo, à Coréia do Sul, que saltou dez posições. Na América Latina, quatro países estão em situação melhor que a do Brasil. Dinamarca manteve a liderança e Chade, o último lugar. Curiosamente, o diferencial coreano foi o que mais puxou o Brasil para baixo. O país asiático galgou posições devido, entre outros fatores, à boa qualidade do ensino universitário. O Brasil, se o sistema de ensino fosse o único quesito aferido, estaria no 117º lugar no ranking. - Embora o Brasil tenha avançado muito em termos de uso e preparo de tecnologia da comunicação e da informação (TCI), mostrando que a TCI é uma prioridade da agenda nacional, o mercado ainda sofre com a regulamentação excessiva, a baixa qualidade do sistema educacional e poucos investimentos em pesquisa e desenvolvimento - afirma Irene Mira, co-editora do relatório. Na opinião de Claudio Frischtak, presidente da InterB Consultoria Internacional de Negócios, a rigidez regulatória limita a competição no país, elevando o preço dos serviços de tecnologia e, conseqüentemente, limitando o acesso: - A competição limitada aliada à baixa escolaridade nos impede de transitar para uma economia de conhecimento.

O Globo

O “AEDES” ATACA
Cem dias, 79 mortos
Basta confirmação de mais 13 óbitos para bater letalidade da epidemia de 2002
Célia Costa
O Estado do Rio registrava ontem, no centésimo dia do ano, 75.399 casos de dengue e 79 mortes, sendo 46 na capital. Em uma semana, foram notificados 18.389 novos casos no estado. Na capital, foram mais 1.929 casos em um dia, totalizando 45.463. Outras 80 mortes estão sendo investigadas, 61 na capital. Se apenas 13 forem confirmadas, a dengue baterá o número de vítimas de 2002, quando a maior das epidemias provocou 288.245 casos e 91 óbitos no estado. Na capital, o índice de letalidade está o dobro da epidemia de 2002, quando foram contabilizados 140.408 casos com 65 mortes. As crianças em idade escolar são as maiores vítimas da doença: 36 com idade até 15 anos já morreram no estado. Ontem foi confirmada a morte de mais uma: Rafaela, de 6 anos, moradora de Senador Camará, morreu no Hospital Santa Cruz, em Niterói. A menina fora transferida para lá por falta de vagas em hospitais do Rio. A morte de um menino, também de 6 anos, no mesmo hospital, está sendo investigada. Ele morava em Realengo. No próximo dia 28, deve chegar ao Rio o médico cubano Eric Martinez Torres, consultor da Organização Panamericana de Saúde (Opas). Eric, que esteve na cidade durante a epidemia de 2002, vem mais uma vez a convite da Secretaria municipal de Saúde. Ele analisará a gravidade dos casos da doença, principalmente em crianças. Quando esteve no Rio em 2002, o médico alertou as autoridades locais sobre o fato de o vírus da dengue ficar mais agressivo depois de meses circulando e também para a possibilidade de a reintrodução do vírus 2 - o que está se confirmando agora - provocar o aumento dos casos da dengue hemorrágica. Militares entram na guerra ao 'Aedes' O Exército e a Marinha entraram esta semana na guerra contra o mosquito da dengue, coordenados pela Secretaria estadual de Saúde e com apoio da prefeitura. Ontem, no terceiro dia de ação de soldados e oficiais do Exército no combate a focos de Aedes aegypti, 4.700 residências foram visitadas em Realengo. Divididos em dez pelotões, 314 militares que integram a força-tarefa - batizada de FT Oswaldo Cruz - percorreram domicílios nas ruas próximas à Praça do Canhão, sempre acompanhados de agentes de saúde da Secretaria municipal de Saúde. Eles eliminaram 993 focos do mosquito e trataram 7.803 depósitos de água parada sem larvas. De acordo o relações-públicas do Exército, capitão Marcos Basílio, as equipes de militares não estão tendo dificuldades de entrar nas casas. Pelo contrário: muitos moradores estão procurando-as nas ruas e indicando locais onde há possíveis focos de ovos do mosquito. - A população a princípio ficou assustada, mas, depois, quando foi divulgado que iríamos atuar, eles passaram a colaborar - explica o capitão Marcos Basílio. Segundo o Comando Militar do Leste, as equipes vão trabalhar por 30 dias e a previsão é de que sejam vistoriadas 95 mil casas em outros cinco bairros além de Realengo: Deodoro, Vila Militar, Magalhães Bastos, Sulacap e Campos dos Afonsos. Desde segunda-feira, 12 mil imóveis já receberam a visita do Exército. Além da ação do Exército, cem homens da Marinha, entre marinheiros e fuzileiros navais, percorreram ontem os bairros Cocotá, Pitangueiras e Zumbi, na Ilha do Governador, para combater a proliferação do Aedes aegypti. Munidos de larvicida, telas para cobrir caixas d'água e panfletos informativos, os militares visitaram 654 imóveis. Foram eliminados 51 depósitos com larvas do mosquito e outros 1.711 focos em potencial foram tratados. A ação vai durar 30 dias. A Ilha do Governador foi escolhida por ser uma área de alta incidência de dengue. A região, que reúne 15 bairros, registra 1.477 casos da doença confirmados. A ação da Marinha começou anteontem. Os militares se dividem em dez grupos, cada um acompanhado por um agente de saúde da prefeitura. Apesar da epidemia, os agentes afirmam que ainda há quem negligencie possíveis focos. O marinheiro Vitor da Silva conta que numa casa havia duas caixas d'água cobertas por tampas de amianto onduladas. Ambas estavam repletas de larvas. - Cinco minutos depois de constatarmos o problema, o marido da dona da casa ligou para avisar que o filho deles está com dengue. Segundo o fuzileiro naval Fabiano Martinez, o larvicida dura no máximo 45 dias. Por isso, ele chama a atenção para a importância da prevenção feita pela própria população. Maria Eugênia Walenkamp é um bom exemplo. Moradora da Rua Pajuçara 503, ela afirma tomar todos os cuidados. Apesar da epidemia, foi a primeira vez que qualquer agente visitou sua casa, este ano, em busca de focos. Os militares não encontraram água acumulada, mas aplicaram larvicida nos ralos por prevenção. O trabalho da Marinha será feito sempre entre 9h e 16h. A idéia é percorrer pelo menos dois bairros por dia. Ontem, a Aeronáutica treinou cem oficiais na base aérea do Galeão. Hoje eles começam a atuar, também na Ilha. O esquema será o mesmo da Marinha: dez grupos, cada um acompanhado de um agente municipal de saúde. A Aeronáutica começará a atuar no bairro do Galeão. Os 1.600 bombeiros que estão atuando no combate à dengue vão receber gratificação mensal de R$500, conforme decreto publicado ontem no Diário Oficial do estado. Os recursos virão do Ministério da Saúde. Até o dia 4 passado, os bombeiros visitaram 123.722 imóveis e 113.592 depósitos. De cerca de 4.800 denúncias de focos, 2.300 foram confirmadas.
Senador leva estudantes para conhecer em São Paulo o projeto Aramar da Marinha do Brasil e a Embraer
Brasília - O senador Tião Viana (PT-AC), vice-presidente do Senado Federal, comemorou ontem da tribuna do Senado Federal o sucesso da Na última sexta-feira (04/04) o senador Sibá Machado (PT/AC) foi até Iperó no estado de São Paulo conhecer o trabalho do Centro Tecnológico de Aramar da Marinha do Brasil. O Centro faz parte do Programa Nuclear da Marinha (PNM) criado em 1979. Com profissionais brasileiros capacitados, o Centro desenvolveu a técnica de enriquecimento de urânio cobiçada por todos os países que detêm esta tecnologia, inclusive os EUA.- É importante conhecer tudo o que pode gerar energia, conhecimento nunca é demais. Como ambientalista posso discordar da produção nuclear em si, mas não me nego a conhecer alternativas na área energética. Também vim acompanhado de três estudantes premiados na nossa “Olimpíada da Ciência” para que eles sejam incentivados a pesquisa e envolvidos pelos estudos tecnológicas desenvolvidos em nosso país -, falou o senador do Acre Sibá Machado.A “Olimpíada da Ciência” foi uma ação promovida em 2007 pelo Gabinete senador Sibá. A idéia nasceu com o objetivo de incentivar e promover o interesse de estudantes das escolas de ensino médio no Estado do Acre na busca do conhecimento científico, tecnológico e cultural. Para os vencedores da Olimpíada, bem como ao professor tutor, estabeleceu-se como prêmio uma viagem onde fosse possível apresentar aos alunos um pouco do que se produz na área de pesquisa e tecnologia no Brasil. Por isso, nesta viagem acompanharam o senador, os estudantes universitários e pré universitários da Ufac, Tayson Ribeiro Teles, André Vítor Silva de Almeida, Charlene Cristine Rodrigues Menezes e ainda o professor de física do ETCA, Hélio Evangelista da Silva.Durante a visita ao Centro Tecnológico de Aramar, o senador, o professor Hélio e os alunos foram recebidos pelo almirante Carlos Passos Bezerril que coordena os trabalhos. O almirante defendeu a matriz nuclear para geração de energia elétrica. - Sem dúvida o país vai precisar de todo tipo de energia que estiver a seu alcance. O Brasil tem um potencial hidrelétrico formidável, deve explorá-lo ao extremo. Mas, por segurança e flexibilidade do sistema, outros tipos de fontes energéticas devem entrar em cena. O Brasil possui a sexta maior reserva de urânio do mundo (309,3 mil toneladas) tendo prospectado apenas 25% do território. A energia nuclear é limpa e economicamente viável -. Dentro do complexo CTA também estão situados o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial) e a Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica). A Embraer nasceu como uma iniciativa do governo brasileiro para desenvolver um projeto estratégico para implementar a indústria aeronáutica no país, em um contexto de políticas de substituição de importações de aeronaves. “ Para mim, e tenho certeza também, para os meus alunos foi um grande privilégio conhecer o trabalho do projeto Aramar. Nos orgulhamos dos esforços e descobertas conseguidas pelos pesquisadores brasileiros e ficamos sabendo que hoje o Brasil tem capacidade de se auto-sustentar na questão do urânio. Os alunos ficaram maravilhados em conhecer o processo de construção de um avião e saber como nasceu a Embraer, a sua história, seu desenvolvimento e desafios. Tenho consciência que essa viagem que realizamos motivou a todos a ampliar horizontes e possibilitou o aumento do conhecimento nas áreas de ciência e tecnologia”, relatou entusiasmado o professor Hélio Evangelista da Silva.Assessoria de Comunicação do Gabinete do Senador Sibá Machado (PT/AC), * Com informações da Marinha do Brasil
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Brasília comemora 48 anos com festa na Esplanada dos Ministérios
Programação inclui exposições, atividades esportivas, brinquedoteca, teatro infantil e shows dos grupos Chiclete com Banana, Capital Inicial, Rebeldes e do cantor Leonardo
Brasília comemora 48 anos no próximo dia 21 de abril com um evento que deve reunir cerca de um milhão de pessoas na Esplanada dos Ministérios. Serão 18 horas de comemoração, com atividades para atrair moradores e turistas à cidade. A intenção do Governo do Distrito Federal e da Brasiliatur com a realização da festa é, além de celebrar o aniversário de Brasília, colocar o evento no calendário anual de grandes eventos e atrair o turismo para a região. As festividades começam pela manhã com a celebração de uma missa, momento em que os sinos de todas as igrejas tocarão ao mesmo tempo. Na seqüência, tem início a largada da maratona do Correio Braziliense, prova esportiva que contou com 4.000 competidores no ano passado.A tradicional “Cavalgada Brasil” ocorre às 11 horas. Para esse ano, 5.000 cavalos vindos percorrerão um trajeto de 14 quilômetros partindo do Camping Show e contornando a Esplanada dos Ministérios em três horas de passeio. Para as crianças, uma brinquedoteca com 40 mil m² oferecerá jogos, música e brincadeiras. Peças infantis também alegram a garotada em todos os teatros da Esplanada. Já os fãs de esporte terão diversão garantida com a apresentação do time de Streetball And1. Streetball é o chamado “basquete de rua”, jogado geralmente em quadras abertas. O And1 é um grupo de peso do basquetebol que, desde 2000, promove turnês anuais para selecionar fenômenos do basquete de rua. A programação também contará com apresentações da Esquadrilha da Fumaça, exposição do Exército, Marinha, Aeronáutica, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Civil, além da apresentação da Banda dos Fuzileiros Navais.Uma queima de fogos encerra a festa às 21h30, com show do banda Chiclete com Banana. Além da banda baiana, os visitantes também poderão assistir aos shows da febre musical mexicana, RBD (Rebeldes), que fará seu primeiro show gratuito no Brasil, do cantor Leonardo e ainda participar da gravação do DVD ao vivo do Capital Inicial, banda de Brasília, que escolheu a festa de aniversário da cidade para a produção de seu primeiro DVD. As empresas aéreas e hotéis da cidade terão tarifas diferenciadas para os turistas. Varig estará com uma promoção onde a passagem custará apenas R$ 48. A Gol colocará as passagens de vinda pelos preços promocionais tradicionais, e a volta será gratuita.Os hotéis vão promover descontos de 40% a 60%. A Petrobrás será a patrocinadora oficial do evento e traz pela primeira vez na capital federal um simulador de Fórmula 1, Fórmula Truck, Motovelocidade e Stock Car, sendo que os simuladores serão instalados dentro de réplicas em tamanho real de cada veículo.Ônibus e metrôs funcionarão gratuitamente para a população. A festa também terá áreas de repouso com banco e cobertura para que a população possa descansar ou se proteger do sol. Veja a programação completa do evento: Dia 21 de abril – segunda-feira 07h – Cerimônia Acorda Brasília; 08h – Largada da Maratona do Correio Braziliense; 08h – Hasteamento das Bandeiras dos Estados; 09h – Abertura de todas as tendas, exposições e da brinquedoteca (40 mil m²); 09h – Abertura das exposições do exército, marinha, aeronáutica, corpo de bombeiros, polícia militar, polícia civil, DETRAN; 09h – Troca da Bandeira / Entrega das Medalhas; 09h – Início da final da Etapa do Vôlei de Praia do Banco do Brasil; 10h – Início da Missa de 50 anos da arquidiocese de Brasília; 10h30 – Início das apresentações de peças infantis de renome nacional em todos nos teatros da esplanada (Villa Lobos, Martins Penna e auditório do museu da República), todas gratuitamente; 11h – Show com Padre Fábio de Melo / Ziza / Johnny; 11h – Início da Cavalgada – largada da esplanada; 12h – Apresentação da Banda dos Fuzileiros Navais; 14h30 - Show da Esquadrilha da Fumaça; 14h30 - Shows dos Rebeldes; 15h – Lançamento do Carimbo dos Correios no Espaço Lúcio Costa; 16h – Início da apresentação do Street Ball (And1), os maiores nomes do mundo no segmento; 16h30 – Início do show Gospel Oficina G3; 17h30 – Show Gospel “Trazendo a Arca”; 18h – Show 50 anos de Bossa Nova; 19h – Show de gravação do DVD ao vivo do Capital Inicial; 21h30 – Queima de fogos; 22h – Show do Leonardo; 23h – Show do Chiclete com Banana;Promoções aéreas: 1- VARIG: De qualquer origem com destino a Brasília R$48,00, sendo a volta pelo mesmo valor; 2- GOL: Vinda pelo menor valor disponível na internet, e volta gratuita;Promoções hotéis: 1- Categoria 01: R$120,00 o casal; 2- Categoria 02: R$100,00 o casal; 3- Categoria 03: R$80,00 o casal.
Zero Hora-RS

Todos ao mar
Sete estudantes de Biologia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) embarcam hoje, no Porto de Rio Grande, no navio Ary Rongel, utilizado pela marinha brasileira nas expedições à Antártica. Acompanhado das professoras Maria Virginia Petry e Maria Emilia Lucchese, o grupo viajará até o Rio de Janeiro para atividades do Censo de Aves Marinhas, desenvolvido pela Unisinos desde 1983.A viagem, que se inicia amanhã e termina no domingo, será a segunda experiência de Elisa de Souza Petersen, 23 anos, como pesquisadora embarcada. No ano passado, ela integrou a equipe como aluna de graduação. Hoje, viaja como mestranda do curso que completa 50 anos. Dois dias antes de viver uma nova aventura em alto-mar, Elisa falou de sua expectativa e do trabalho de pesquisa que começou no terceiro ano do curso. Confira parte da entrevista:Vestibular - Como você conquistou lugar no navio pela segunda vez?Elisa - Eu e outra colega fomos selecionadas para auxiliar os estudantes que vão pela primeira vez. Estou envolvida com as aves marinhas desde o terceiro ano do curso de Biologia. Foi o grupo de animais que eu mais gostei na faculdade e tive a oportunidade porque sempre me dediquei à pesquisa.Vestibular - Foi difícil ingressar no grupo de pesquisa?Elisa - Não. Procurei o Laboratório de Ornitologia e Animais Marinhos em 2005, disse que estava interessada e a professora Maria Virgínia me deu a oportunidade. Comecei indo a congressos e ajudando nas pesquisas. Fui me aprimorando até que veio a bolsa de iniciação científica. Uma coisa puxa a outra, mas tem de ir atrás. Tem de mostrar interesse.Vestibular - Quando foi a tua primeira viagem?Elisa - No ano passado. Sempre me chamou a atenção as aves marinhas e foi uma grande experiência. Longe da costa podemos ver coisas que aprendemos na teoria e entendemos melhor como tudo ocorre na natureza. A ecologia das aves marinhas é fascinante. Depois da formatura (em dezembro de 2007) ingressei no mestrado para continuar na pesquisa.Vestibular - O que foi mais interessante em alto-mar?Elisa - No ano passado, podemos ver uma interação de cerca de 200 aves com golfinhos. Eles estavam se alimentando juntos. São coisas que vemos nos livros, mas pessoalmente é diferente. Observar as aves, fazer a contagem e ver a riqueza e a abundância das espécies é emocionante.Vestibular - Como vocês são tratados pela tripulação do Ary Rongel?Elisa - Eles nos recebem muito bem. As camas são um pouco apertadas, mas é confortável. É um navio de pesquisa e a casa da tripulação na Antártica. Fora a biologia, o navio oferece outros conhecimentos, como a disciplina militar. É muito interessante.Vestibular - Quando vocês chegam ao destino?Elisa - Desembarcaremos no domingo, na Base Naval da Marinha, no Rio de Janeiro.Vestibular - Essa viagem é um treinamento para chegar até a base brasileira Comandante Ferraz, na Antártica?Elisa - Espero que sim. Eu quero ir e vou à luta.
Valor Econômico

Brasil quer atrair holandeses para projetos portuários
O governo brasileiro espera atrair investidores da Holanda, onde está Roterdã - o maior porto da Europa e um dos maiores do mundo -, para projetos de dragagem e expansão de portos brasileiros. O ministro Pedro Brito (Secretaria Especial de Portos) integra a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que faz visita de Estado aos Países Baixos até amanhã.Além dos encontros com a Rainha Beatrix, o primeiro-ministro Jan Peter Balkenende, Lula e ministros participarão de encontro com lideranças empresariais e do seminário empresarial "Brasil-Países Baixos, Oportunidades de Negócios".Segundo o ministro Brito, o Brasil pretende atrair investidores holandeses para a licitação internacional destinada à contratação de consultoria para planejamento dos serviços portuários no país para os próximos 30 anos.O pacote de outras licitações, para a realização de obras de dragagem em 15 portos brasileiros, prevê investimentos no valor de R$ 1,4 bilhão até o fim de 2010. As licitações para os maiores portos serão lançadas ainda no primeiro semestre e as obras começam neste ano. "Então esse gargalo da profundidade já está totalmente encaminhado com as licitações prontas", afirmou o ministro.Segundo Brito, na Holanda estão as duas maiores empresas do mundo da área de dragagem. Por isso, a legislação brasileira foi mudada para que a licitação das obras de dragagem pudesse ser internacional e fazer o que o ministro chamou de "dragagem por resultado". Isso significa que a empresa ganhadora, em vez de simplesmente fazer o aprofundamento e ir embora, vai se responsabilizar pela manutenção por um período de seis anos."Isso vai dar mais atratividade ao processo de licitação e despertar o interesse das grandes empresas holandesas, belgas, dinamarquesas e chinesas, que são as maiores empresas de dragagem do mundo. Vamos ter custos mais baratos e uma operação mais rápida", disse.Brito afirmou também que o governo brasileiro está interessado na transferência de know how e tecnologia holandesas na área de treinamento portuário. A idéia é lançar uma licitação internacional para contratar uma consultoria internacional. (RU)

EEEIITTAAA CORUMBA AGORA VAAAI!!!


As obras de drenagem e pavimentação asfáltica do bairro Maria Leite já estão sendo motivos para comemorações. É isto que está preparando Maria Zenir, 38 anos, moradora na rua Nossa Senhora do Carmo, 267, eufórica ao observar a sua rua sendo pavimentada, benfeitoria que trará enormes benefícios para toda a região.
Os serviços fazem parte do pacote lançado pelo prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT) na última segunda-feira, com investimentos de R$ 79,3 milhões na execução de 35 obras Por toda Corumbá. São benfeitorias em várias setores, como drenagem, asfalto, habitação, lazer, turismo, educação, saúde, entre outros.
As obras são frutos de reivindicações da própria comunidade, durante as ações Prefeito Presente e as seguidas reuniões para elaboração do Plano Diretor Participativo. Além de beneficiar a comunidade, estão também gerando emprego. Somente no Maria Leite, 25 pessoas estão trabalhando na implantação da drenagem e do asfalto.
Maria Zenir afirma que tem motivos para comemorar a benfeitoria. “Chegamos a fazer um abaixo-assinado, fomos à Prefeitura, nem me lembro quem era o prefeito, mas não fomos atendidas. Por isso eu não acreditava que isto, finalmente, aconteceria”, comentou.
A desconfiança dela de até poucos dias atrás, transformou-se em euforia. Enquanto observava operários e máquinas trabalhando, implantando o pavimento, já programava uma comemoração: “Vou pedir autorização para a Prefeitura, fechar a rua, e realizar um bingo aqui para festejar. Será no dia 11 de julho”. A data, segundo ela, por ser uma sexta-feira, próxima ao aniversário de um dos 7 filhos.
Satisfação da comunidade
Mas, não é somente Maria Zenir que tem motivos para comemoração. A satisfação no Maria Leite é geral. Quem atesta é Luis Eurípedes dos Santos, 52 anos, pastor da Igreja Metodista, que existe há 25 anos (completa agora em 2008), na rua Nossa Senhora do Carmo.
“Este era o sonho de muitos anos dos moradores do bairro Maria Leite. Agora sai, está se concretizando”, disse. Para o pastor, o asfalto só trará benefícios para a comunidade local, principalmente pelo fato de ficar livre da poeira, na época de seca, e da lama, durante período de chuvas.
“Aqui era um bairro sofrido. Está mudando agora com estas obras que estão sendo feitas pela Prefeitura”, complementa, já anunciando que, tão logo seja construído o meio fio, ele providenciará a implantação da calçada em frente e na lateral da igreja.
Fim das inundações
As obras lançadas pelo prefeito Ruiter, já em execução, vão mudar radicalmente a vida dos moradores de um dos mais antigos bairros da cidade. As constantes inundações começam a fazer parte do passado.
Somente neste pacote lançado pelo prefeito na segunda-feira, relacionado ao Maria Leite, estão sendo investidos R$ 1,3 milhão em drenagem, e R$ 1,5 milhão em pavimentação asfáltica. Do total, R$ 2,070 milhões são provenientes do Orçamento Geral da União, através de articulação do deputado estadual Paulo Duarte, e R$ 730 mil da própria Prefeitura Municipal, oriundos de impostos, como o IPTU, principalmente.

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