segunda-feira, outubro 16, 2006


Cenper inaugura sede e comemora 87 anos de Padre Ernesto

A sede própria do Centro Padre Ernesto de Promoção Humana e Ambiental (Cenper), na rua Marechal Deodoro, foi inaugurada na manhã deste domingo, 15 de outubro. A solenidade também comemorou o aniversário de 87 anos do fundador da cidade Dom Bosco, padre salesiano Ernesto Sassida.

Assistiram à cerimônia, ao lado do religioso, o prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha de Oliveira; o juiz de Direito, Roberto Ferreira Filho; o comandante da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira, general-de-brigada Alberto Edmundo Fleck; padre Osvaldo Scotti e o presidente do Cenper, Carlos Alberto Machado. Também prestigiaram o evento, secretários municipais; ex-alunos; professores; colaboradores das obras assistenciais desenvolvidas pelo religioso e o comandante do 6º Batalhão de Polícia Militar, major Alírio Villasanti.

A inauguração da sede contou com apresentações culturais dos alunos da pré-escola e da fanfarra da escola Cidade Dom Bosco e Caic, que leva o nome do padre. Estudantes do Ensino Médio cantaram o hino da Cidade Dom Bosco e saudaram o aniversário do padre com o tradicional “Parabéns a você”. Foram acompanhados por um coral formado pela platéia que assistia à inauguração.

Primeiro presidente do Cenper, o prefeito Ruiter Cunha, afirmou ao Corumbá On Line se sentir “gratificado” com a entrega da sede própria da entidade. Segundo ele, “era desejo” que vinha desde a fundação do Centro, há 5 anos.

“Fundamos o Cenper para dar continuidade às ações sociais iniciadas por ele. Era necessário que tivesse uma sede própria para que o trabalho tivesse mais consistência e pudesse caminhar, definitivamente para a construção de políticas sociais, voltadas para crianças e adolescentes. O local vai sempre memorizar o compromisso, porque abraça onde tudo começou, o embrião, que foi o barracão”.

O chefe do Executivo adiantou que a Prefeitura “tem o compromisso” de buscar parceiros para mobiliar e equipar o local.

Marco histórico

Emocionado, padre Ernesto agradeceu todas as pessoas que estavam no local e comentou que com “muito amor e sacrifício” o “barracão” – que deu início a tudo 45 anos atrás – se transformou num “marco para a promoção humana em Corumbá”. Ele ainda exaltou que a chuva que caía durante a inauguração era um sinal de aprovação divina.

“É um acontecimento marcante e possivelmente histórico para Corumbá, a inauguração deste local para discutir a inclusão social”, declarou. O religioso observou que o Cenper é uma “continuidade da Cidade Dom Bosco”. No dia em que completava aniversário, o salesiano lembrou que ele estava completando 60 anos de sacerdócio e que naquele momento sentia a falta dos pais.

“Meus pais hoje são os grandes ausentes. Foi uma doação de meus pais a Deus, uma separação dramática quando aos 15 anos fui entregue para Deus. E hoje sou mero instrumento de Deus”, finalizou.

A sede do Cenper tem 360 metros quadrados de área construída e foi construída ao lado do barracão onde padre Ernesto começou o trabalho social na cidade. A obra durou dois anos e foram empregados cerca de R$ 350 mil para sua execução

domingo, outubro 15, 2006


Orquestra vale musica do Pantanal em sua primeira apresentação emociona o público

Marcia Rolon coordenadora do evento. Bernardo Besller em sua apresentação Orquestra do Moinho em apresentação com Bernardo Besller Durante a abetura da VI Amostra de Dança a Orquestra Vale Música do Pantanal, fez sua primeira apresentação na noite de ontem. Os alunos do Moinho Cultural Sul-americano emocionaram o público com apresentação da música “Quatro Toadas”, do compositor Leonardo Sá e com a presensa dos maiores violinistas do Brasil, Bernardo Bessler.
Por ser a primeira vez que toca com crianças Bessler disse estar muito emocionado, além de ver um futuro promissor nessas crianças. Como orientador e dando apoio metodológico e pedagógico no treinamento dos professores e também ajuda a identificar talentos no meio dos jovens. Por vir de 15 em 15 dias a cidade diz que esse festival promete muita coisa e fica encantado como tantas companias de danças boas e de diversos lugares podem se reunir e formar um belíssimo espetáculo num lugar tão maravilhoso. Diz também que "Corumbá apresenta uma disposição, no sentido de aceitar novas idéias e aplicá-las de maneira ágil isso me surpreendeu ".
Segundo o músico cada local em que o projeto é implantado tem a sua particularidade, “isso é levado em conta pela Vale e, faz parte da política que deve privilegiar a comunhão com a sociedade e seus valores locais e culturais”.
Para a coordenadora da Mostra, Márcia Rolon o programa Vale Música, tem tudo para formar uma orquestra jovem no município, “no prazo de oito anos que é o período de desenvolvimento das crianças teremos uma cidade mais encantada e musical”, enfatiza. E “colocar a orquestra no palco já é maravilho. É marcante a evolução das crianças que, em pouco tempo de convívio com instrumentos como violino, violoncelos, coisas que nem imaginavam que um dia estariam tocando, conseguirem ter um desempenho surpreendente”, avaliou.
Quanto aos parceiros Marcia diz ser fundamenrtal a parceria da Companhia Vale do Rio Doce, pois ela pode proporcionar espetáculos como este que vimos hoje e além disso, a oportunidade de assistirmos ao vivo a apresentação da Orquestra Sinfônica Brasileira.É um privilégio termos na cidade 100 integrantes e um maestro como Roberto Minczuk, o maior do país, e de graça”. A coordenadora chama a atenção para o horário do espetáculo que no folheto está 20h na verdade é às 19h.

Na noite de sábado, 14 de outubro, o palco da 6ª Mostra Corumbá – Santuário Ecológico da Dança foi dedicado ao estilo contemporâneo. A Cia, de Dança Ginga, de Campo Grande, abriu as apresentações com a coreografia Desidrata. Os bailarinos da companhia, ainda contaram com a participação especial de Beatriz de Almeida, com a qual, apresentaram um trecho do espetáculo ‘Campo Grande Tem Ginga’, coreografado por Chico Neller. Na platéia, uma espectadora especial, a coreógrafa Deborah Colker, que antes de subir com a sua companhia, aproveitou para conhecer o trabalho desenvolvido em Mato Grosso do Sul.
A companhia carioca era a principal atração da noite e, assim que terminou a apresentação local, Deborah correu para o camarim, onde juntamente com 16 bailarinos ocupou as várias possibilidades de espaço no palco. Pesquisadora de movimentos, como mesmo se intitula, criou o espetáculo Velox em 1995, revolucionando o estilo contemporâneo ao ousar dançar na vertical com o auxílio de uma parede similar às usadas em alpinismo in-door.
Um trecho do espetáculo foi trazido para Corumbá que pôde entender porque Deborah entrou para a história da dança. Num primeiro momento, no plano horizontal, os bailarinos trouxeram gestos comuns do dia-a-dia com humor e dramaticidade, porém quando a cortina negra descerrou e evidenciou o paredão com cerca de 6 metros de altura, a platéia delirou, pois já sabia o que a aguardava.
A estrutura com vários pinos assemelhava-se a uma moldura onde, a cada movimento de corpo dos bailarinos, a pintura era recriada. Vigor, agilidade e sincronismo que, evidentemente, só podem ser alcançados ao custo de uma rotina rigorosa com duas horas de aulas de balé clássico sem contar os exercícios específicos para fortalecer a musculatura. Giros, semi-vôos, pêndulos foram as manobras mais ousadas. “Vimos todos vidrados, alguns com a boca aberta”, disse Deborah que confessou ter gostado da platéia corumbaense. “O público se comunicou com a gente. Acho que começamos um namoro sério com Corumbá”, afirmou.
A coreógrafa parabenizou os organizadores da Mostra e disse estar maravilhada com a cidade. “Pra mim foi inesperado. A nossa chegada no palco para o ensaio à tarde foi uma coisa absurda. A gente não sabia se gritava, não cabia dentro. Aqui é um lugar realmente extraordinário. A minha cabeça se complicou com esse lugar”, declarou.
“Eu tive a chance de sobrevoar e vi a pintura, um horizonte de vastidão. É uma sensação de liberdade impossível, de lugar enorme e, ao mesmo tempo, é tão grande que aperta; eu gosto de sensações paradoxais”, disse ao referendar seu encanto pela cidade. “Não sinto aqui uma coisa bucólica, mas sim uma coisa ambiciosa, um desafio, algo estranho e bonito. Eu tenho a impressão que se eu tivesse que ficar aqui no Pantanal não ia ser possível por causa da minha intensidade e a desse lugar”, falou ao dizer que também observou a arquitetura local. “Tem construções coloniais de 1800 e 1900. Fiquei muito feliz pelo pouco de arquitetura que vi por aqui”.

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