Agência Brasil
França e Rússia querem parceria estratégica com Brasil na área de defesa
Mylena Fiori
Brasília - A França e a Rússia estão dispostas a se unir ao Brasil em uma parceria estratégica na área de defesa. De acordo com o ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, o secretário do Conselho de Segurança da Rússia e representantes de ministérios russos estarão em Brasília na próxima semana.Na visita serão aprofundadas as discussões iniciadas durante viagem àquele país do ministro da Defesa, Nelson Jobim, no começo de fevereiro. Dias antes, Jobim esteve na França. O foco das duas viagens foi a possibilidade de uma parceria estratégica no setor de defesa e a transferência de tecnologia para o Brasil.Também já foram prospectadas possibilidades de cooperação com Índia, Estados Unidos e Reino Unido. “A todos eles deixamos claro que não estamos interessados em comprar produtos e serviços acabados. Estamos interessados em parcerias que nos ajudem a fortalecer, de forma duradoura, nossas capacitações tecnológicas independentes, inclusive por meio de acertos para produção conjunta”, relatou Mangabeira Unger, que coordena o comitê responsável pela elaboração do Plano Estratégico Nacional de Defesa.O Brasil, segundo ele, está disposto a colaborar em projetos específicos, como a produção de componentes não nucleares do submarino brasileiro de propulsão nuclear. “Essas colaborações nas tecnologias de defesa teriam significado muito mais amplo se exprimissem uma vontade política de construir uma associação estratégica mais abrangente, motivada pelo desejo de fortalecer um pluralismo de poder e divisão no mundo e expressa, portanto, não apenas em colaborações de defesa, mas em colaborações civis”, argumentou.
Correio Braziliense
CAPA - FORÇAS ARMADAS
Serviço militar fora do quartel
Os ministros Nelson Jobim (Defesa) e Mangabeira Unger (Ações Estratégicas) vão sugerir ao presidente Lula mudanças no serviço militar obrigatório. Jovens que não forem servir em quartéis poderiam atuar em projetos sociais, como o combate ao mosquito da dengue.
Correio Braziliense
FORÇAS ARMADAS
Mudanças no serviço militar
Jovens que não servirem normalmente nos quartéis podem ser obrigados a atuar em projetos sociais. Governo critica alistamento apenas dos mais pobres
Leonel Rocha
O plano estratégico de reformulação das Forças Armadas que será apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva até 7 de setembro pelos ministros da Defesa, Nelson Jobim, e de Ações Estratégicas, Mangabeira Unger, prevê mudanças no serviço militar obrigatório. A idéia dos dois ministros civis que tratam da estrutura militar do país é incentivar o alistamento de jovens de todos os estratos sociais que completam 18 anos ou criar uma espécie de “serviço social obrigatório”, no qual os alistados atuariam em atividades como o combate à endemias, por exemplo. Há um consenso entre os ministros e a cúpula militar da necessidade de manutenção da obrigatoriedade do serviço militar. Querem, na verdade, ampliá-lo. “O serviço militar funciona como um nivelador republicano da sociedade, onde todos são obrigados a servir, e deveria representar um extrato diversificado e proporcional das várias camadas da sociedade brasileira”, argumentou Mangabeira Unger durante audiência pública, ontem, na Comissão de Defesa Nacional da Câmara. Na prática, no entanto, o alistamento obrigatório não existe, já que as Forças Armadas preferem utilizar apenas os voluntários por falta de recursos para manter todos os jovens previstos treinando nos quartéis. Segundo o ministro, atualmente o serviço militar passou a ser uma opção para quem não tem alternativa econômica de sobrevivência e vai para os quartéis receber uma gratificação — ou seja, a maior parte dos recrutas é formada pelos mais pobres. Jobim, que também participou da audiência pública na Câmara, lembrou que o serviço militar ajuda na formação moral e profissional dos jovens, além de ser uma alternativa dos pais para a disciplina dos filhos. “As Forças Armadas têm que representar os vários setores do país e não apenas um segmento”, ponderou o ministro. Ajuda social Hoje, as três Forças Armadas convocam, por ano, cerca de 80 mil recrutas. É apenas uma pequena parte do contingente que chega aos 18 anos e atinge a idade de prestar o serviço militar. Entre as idéias dos ministros para a reformulação do serviço militar obrigatório está o direcionamento de parte do contingente que atinge a idade de servir para serviços que não os de treinamento como recrutas. O grupo que atuaria no serviço social obrigatório receberia apenas treinamento militar rudimentar e depois iria, por exemplo, trabalhar por um período em atividades auxiliares de ações do governo de combate a endemias. O plano estratégico de reforma das Forças Armadas a ser definido pelo governo até o final do ano prevê novas definições sobre o papel dos grandes navios da Marinha e sobre o submarino de propulsão nuclear; a garantia da segurança do território e do mar territorial com caças de última geração para a Força Aérea; e a criação de novas forças de ação rápida do Exército. Dentro do projeto de reformulação, também está a criação de uma política para a indústria nacional de defesa, com benefícios tributários e proteção comercial a empresas que produzem armas e munições.
Correio Braziliense
48 ANOS DE BRASÍLIA
Lançado programa oficial do aniversário
A programação do aniversário de 48 anos de Brasília foi lançada oficialmente ontem no Centro de Convenções Ullysses Guimarães, pelo vice-governador Paulo Octavio. Além de shows, como os da banda Rebeldes, e da gravação de DVD ao vivo do Capital Inicial, o evento terá atrações esportivas, teatro, brinquedoteca e exposições. A expectativa do governo é que um milhão de pessoas ocupem a Esplanada dos Ministérios entre as 7h e a 0h do dia 21. Dez hotéis oferecerão diárias de R$ 80, R$ 100 e R$ 120 no fim de semana do aniversário. Duas companhias aéreas cobrarão tarifas promocionais. Uma delas vende passagens por R$ 48, tanto para a ida quanto para a volta. A outra oferece retorno gratuito com vinda pelo menor valor disponível na internet. No dia da festa, o metrô será de graça. A Esplanada estará interditada desde a 0h de domingo. Ônibus gratuitos sairão do estádio Mané Garrincha para a Esplanada para quem decidir estacionar o carro ali.
Diário de Natal
Forças militares dão sua contribuição
A governadora Wilma de Faria começou a recrutar desde a semana passada a ajuda da Marinha e do Exército. Além destes, equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros foram chamados para contribuir com entrega de alimentos e de remédios, e ainda no resgate da população que estava em perigo por causa da força das águas.Segundo o capitão de fragatas da Marinha, comandante dos fuzileiros navais Marinho, devido à prática com embarcações, suas equipes estão integrando as esforços no resgate e apoio à população. ‘‘Um grupo nosso foi à Macau para ajudar nesse sentido. Como temos esse caráter anfíbio, temos uma experiência útil nessa situação. Operamos barcos e ainda podemos fazer a manutenção das máquinas. Em Assu, estamos contribuindo mais com a entrega de cestas básicas e medicamentos, já que não há mais resgates por fazer’’. Junto ao Iate Clube de Natal, a Marinha conseguiu reunir embarcações para os trabalhos.por terraO exército está contribuindo em terra nas ações para a retirada de pessoas ilhadas e ainda na entrega de cestas básicas e medicamentos. O general Diniz, comandante da 7ªBrigada de Infantaria Motorizada de Natal, explicou que a equipe comandada por ele está com a responsabilidade de transportar o material que deve ser entregue à população. ‘‘Estamos fornecendo os veículos motorizados. Contribuímos no deslocamento da população que está sendo abrigada’’, declarou.Além da Marinha e do Exército, que foram recrutados pela governadora desde a quinta-feira passada, concetram-se em Assu as forças do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. De acordo com o major do Corpo de Bombeiros Luís Monteiro, mais de 200 milhões de remoções de pessoas ilhadas foram realizadas. ‘‘Com o apoio da Polícia Militar, estamos realizando o resgate de pessoas que queiram sair de onde moram. O problema é que muitas se recusam e, nesses casos, a Polícia tem que intervir’’, disse. (V.M)
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