Zero Hora-RS
Todos ao mar
Sete estudantes de Biologia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) embarcam hoje, no Porto de Rio Grande, no navio Ary Rongel, utilizado pela marinha brasileira nas expedições à Antártica. Acompanhado das professoras Maria Virginia Petry e Maria Emilia Lucchese, o grupo viajará até o Rio de Janeiro para atividades do Censo de Aves Marinhas, desenvolvido pela Unisinos desde 1983.A viagem, que se inicia amanhã e termina no domingo, será a segunda experiência de Elisa de Souza Petersen, 23 anos, como pesquisadora embarcada. No ano passado, ela integrou a equipe como aluna de graduação. Hoje, viaja como mestranda do curso que completa 50 anos. Dois dias antes de viver uma nova aventura em alto-mar, Elisa falou de sua expectativa e do trabalho de pesquisa que começou no terceiro ano do curso. Confira parte da entrevista:Vestibular - Como você conquistou lugar no navio pela segunda vez?Elisa - Eu e outra colega fomos selecionadas para auxiliar os estudantes que vão pela primeira vez. Estou envolvida com as aves marinhas desde o terceiro ano do curso de Biologia. Foi o grupo de animais que eu mais gostei na faculdade e tive a oportunidade porque sempre me dediquei à pesquisa.Vestibular - Foi difícil ingressar no grupo de pesquisa?Elisa - Não. Procurei o Laboratório de Ornitologia e Animais Marinhos em 2005, disse que estava interessada e a professora Maria Virgínia me deu a oportunidade. Comecei indo a congressos e ajudando nas pesquisas. Fui me aprimorando até que veio a bolsa de iniciação científica. Uma coisa puxa a outra, mas tem de ir atrás. Tem de mostrar interesse.Vestibular - Quando foi a tua primeira viagem?Elisa - No ano passado. Sempre me chamou a atenção as aves marinhas e foi uma grande experiência. Longe da costa podemos ver coisas que aprendemos na teoria e entendemos melhor como tudo ocorre na natureza. A ecologia das aves marinhas é fascinante. Depois da formatura (em dezembro de 2007) ingressei no mestrado para continuar na pesquisa.Vestibular - O que foi mais interessante em alto-mar?Elisa - No ano passado, podemos ver uma interação de cerca de 200 aves com golfinhos. Eles estavam se alimentando juntos. São coisas que vemos nos livros, mas pessoalmente é diferente. Observar as aves, fazer a contagem e ver a riqueza e a abundância das espécies é emocionante.Vestibular - Como vocês são tratados pela tripulação do Ary Rongel?Elisa - Eles nos recebem muito bem. As camas são um pouco apertadas, mas é confortável. É um navio de pesquisa e a casa da tripulação na Antártica. Fora a biologia, o navio oferece outros conhecimentos, como a disciplina militar. É muito interessante.Vestibular - Quando vocês chegam ao destino?Elisa - Desembarcaremos no domingo, na Base Naval da Marinha, no Rio de Janeiro.Vestibular - Essa viagem é um treinamento para chegar até a base brasileira Comandante Ferraz, na Antártica?Elisa - Espero que sim. Eu quero ir e vou à luta.
Valor Econômico
Brasil quer atrair holandeses para projetos portuários
O governo brasileiro espera atrair investidores da Holanda, onde está Roterdã - o maior porto da Europa e um dos maiores do mundo -, para projetos de dragagem e expansão de portos brasileiros. O ministro Pedro Brito (Secretaria Especial de Portos) integra a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que faz visita de Estado aos Países Baixos até amanhã.Além dos encontros com a Rainha Beatrix, o primeiro-ministro Jan Peter Balkenende, Lula e ministros participarão de encontro com lideranças empresariais e do seminário empresarial "Brasil-Países Baixos, Oportunidades de Negócios".Segundo o ministro Brito, o Brasil pretende atrair investidores holandeses para a licitação internacional destinada à contratação de consultoria para planejamento dos serviços portuários no país para os próximos 30 anos.O pacote de outras licitações, para a realização de obras de dragagem em 15 portos brasileiros, prevê investimentos no valor de R$ 1,4 bilhão até o fim de 2010. As licitações para os maiores portos serão lançadas ainda no primeiro semestre e as obras começam neste ano. "Então esse gargalo da profundidade já está totalmente encaminhado com as licitações prontas", afirmou o ministro.Segundo Brito, na Holanda estão as duas maiores empresas do mundo da área de dragagem. Por isso, a legislação brasileira foi mudada para que a licitação das obras de dragagem pudesse ser internacional e fazer o que o ministro chamou de "dragagem por resultado". Isso significa que a empresa ganhadora, em vez de simplesmente fazer o aprofundamento e ir embora, vai se responsabilizar pela manutenção por um período de seis anos."Isso vai dar mais atratividade ao processo de licitação e despertar o interesse das grandes empresas holandesas, belgas, dinamarquesas e chinesas, que são as maiores empresas de dragagem do mundo. Vamos ter custos mais baratos e uma operação mais rápida", disse.Brito afirmou também que o governo brasileiro está interessado na transferência de know how e tecnologia holandesas na área de treinamento portuário. A idéia é lançar uma licitação internacional para contratar uma consultoria internacional. (RU)
sexta-feira, abril 11, 2008
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